Polícia

"Mansão do tráfico" revela luxo em comunidade amedrontada pelos crimes

"Mansão do tráfico" revela luxo em comunidade amedrontada pelos crimes

Uma suíte, banheiro social, cozinha americana, sala em dois ambientes come varanda. Ar condicionado, geladeira computadorizada na faixa de R$ 13 mil, e uma TV smart, com tela curva que pode chegar a R$ 37 mil.

Poderia ser a decoração de casas em classe média alta de qualquer cidade do país, mas a descrição indica o que os policiais localizar na casa do traficante Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, apontado como chefe do tráfico na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro.

A “mansão do tráfico”, como a casa é chamada pelos policiais, foi descoberta neste domingo durante operação especial que cercou a favela para prender o traficante, que era alvo de uma disputa pelo ponto, com tiroteios entre facções de criminosos.

O banheiro da suíte traz ainda uma banheira de hidromassagem top de linha, com apoio para a cabeça, produto que custa em torno de R$ 2 mil.

Mais que indicadores de gastos com decoração e tecnologia, a mansão do traficante contrasta com a realidade da favela, que ainda briga por questões básicas como saneamento.

Rogério herdou o controle do crime no morro – e da própria favela – com a prisão do antecessores, Antonio Bonfim, o Nem. E foi do antigo líder que partiu a ordem para os ataques que provocaram a operação especial do exército e polícia na favela.

Com apoio de traficantes de outros pontos, Rogério 157 teria iniciado um reinado de terror e controle que envolve ordens para proibir entrega de água e gás na comunidade. A polícia divulgou na tarde desta segunda-feira que já há contato para negociar a rendição do traficante.