PF captura condenado por matar enteado em Marília

PF em Marília captura condenado por matar enteado
Polícia Federal captura condenado por morte de enteado em Marília

Ação da PF (Polícia Federal) em Marília captura um soldador condenado a mais de 21 anos por matar o enteado. Felipe Guedes da Silva, 31 anos, era alvo de um mandado de prisão da 1ª Vara Criminal de Marília.

Os agentes da Polícia Federal (PF) abordaram o acusado em uma motocicleta em frente à sua residência. Em consulta aos antecedentes criminais, encontraram a ordem de prisão.

Silva passou por julgamento do Júri Popular em julho do ano passado. Foi condenado por matar o enteado e recebeu a pena de 21 anos e nove meses e dez dias de prisão. Mas teve direito de recorrer em liberdade.

Contudo, o promotor de Justiça Rafael Abujamra recorreu e obteve liminar no Tribunal de Justiça para revogar o benefício.

Em agosto do ano passado, então, policiais civis prenderam o soldador, mas durou pouco. A defesa conseguiu um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o colocou em liberdade.

PF captura o condenado

O novo mandado de prisão preventiva saiu no último dia 16 de outubro pela juíza da 1ª Vara Criminal de Marília, Josiane Patrícia Cabrini.

A liberdade durou ate que a PF fez a captura do condenado pela morte do enteado. E levou o homem à Penitenciária de Marília.

Durante a investigação da morte da criança, o acusado apresentou à Polícia Civil a versão de que sua namorada trabalhava durante a noite e que a criança ficou sob sua responsabilidade.

O crime ocorreu em setembro de 2019, Silva disse aos policiais que acordou por volta das 6h30 para tomar banho e deixou a criança deitada num colchão na sala.

Policiais civis prenderam Felipe Guedes em 2020, mas ele conseguiu libertação – Arquivo

Morte do enteado

O soldador afirmou ainda que minutos depois ouviu um barulho e identificou que o menino sofreu uma queda. Disse que colocou a criança no sofá de novo e retornou ao banheiro.

Afirmou ainda que ao terminar o banho percebeu que a criança estava passando mal e não respirava. Acionou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e a vítima foi socorrida para o PA (Pronto-Atendimento) da zona Sul, mas não resistiu e morreu.

Mas a versão do desempregado foi contestada pelo médico legista. O exame necroscópico atestou que a criança tinha apenas 70 centímetros.

Ou seja, tinha pouca condição de adquirir força para produzir quadro de traumatismo craniano encefálico grave. O documento afirma que o mais provável é um caso de agressão que provocou a morte.