A Polícia Federal deflagrou nesta quarta a Operação Ressaca de combate ao contrabando de cigarros com ações em Getulina (65km de Marília). É a única cidade paulista em operação que atinge também Espírito Santo e Minas Gerais.
Não foram divulgados detalhes do alvo, endereço ou resultado das apreensões em Getulina. Em toda a operação o volume é grande.
Na manhã de hoje, 90 policiais federais, 10 policiais rodoviários federais e 12 auditores fiscais e analistas tributários participam da operação.
Organização nacional
A 2ª Vara Federal de Vitória expediu quatro mandados de prisão e 21 mandados de busca e apreensão.
O objetivo das medidas judiciais é responsabilizar criminalmente e desarticular os integrantes de uma rede de distribuição nacional.
Além de Getulina, há atividades em Vila Velha, Cariacica e Ecoporanga, nos municípios mineiros de Belo Horizonte, Lagoa Santa, Cássia e Coronel Fabriciano.
Apreensões
Em todos os endereços a operação provocou quatro prisões preventivas e duas prisões em flagrante. Houve, ainda, apreensão de mais de R$ 5 milhões em espécie, entre reais, dólares e euros.
Os policiais também recolheram 65 caixas de cigarros de fabricação paraguaia de importação proibida por lei, avaliados em mais de R$ 200 mil.
Apreenderam, também, cinco armas de fogo, quatro veículos de luxo avaliados em mais de R$ 500 mil. E, por fim, cheques caução emitidos por compradores de cigarros.
A operação tem apoio da Polícia Rodoviária Federal e a Receita Federal. Combate ainda comércio ilegal de cigarros, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Também foi determinada judicialmente a descapitalização dos integrantes do grupo criminoso, com a apreensão e o sequestro de bens.
Alvos
As equipes estão atuando nas residências e em galpões, depósitos e escritórios que tenham vínculos com os suspeitos. Envolve importação, fabricação, distribuição e comercialização ilegais de cigarros de origem estrangeira.
Os presos atuariam no comércio e distribuição em grande escala de cigarros contrabandeados e falsificados em âmbito nacional, gerando alta movimentação financeira e lucratividade exorbitante.
As investigações policiais indicam que o grupo investigado tem conexão com a montagem e o funcionamento da fábrica clandestina de cigarros descoberta pela Polícia Federal, em agosto de 2023, na Serra/ES.
Naquela fase a PF apreendeu maquinário de linha de produção de cigarros, insumos variados, como tabaco, filtro, cola, caixa, rótulo, plásticos para embalagem. Também recolheu 4.000 caixas de cigarros já embalados para venda e veículos utilizados no transporte das mercadorias.