O presídio de Marília será um dos 126 do Estado a receber um equipamento de “body scanner”, sistema de vistoria por raio-x, que deve acelerar e humanizar o sistema de controle de segurança durante visitas.
A SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) abre na segunda-feira uma licitação para alugar 165 destes equipamentos. Além de Marília, presídios de Paraguaçu Paulista, Getulina, Assis, Tupi, Lucélia e Álvaro de Carvalho vão receber o sistema na região.
Com o uso do sistema os visitantes não serão mais obrigados a tirar a roupa e nem haverá contato pessoal dos agentes com as pessoas. A empresa contratada será responsável por fornecer e instalar os equipamentos e infraestrutura necessária nos locais determinados pela SAP.
“A solução de inspeção corporal pretendida é o Body Scanner, equipamento baseado em tecnologia de Raio-X que, ao submeter à inspeção o indivíduo, o qual permanece totalmente vestido, torna possível ao operador, analisando as imagens geradas, identificar diversos tipos de materiais ilícitos que possam estar eventualmente sendo transportados, sem que haja a necessidade de contato físico entre o operador e o indivíduo inspecionado”, diz a secretaria.
Além dos equipamentos, a empresa vai fornecer Plataformas de software e hardware necessárias para o funcionamento. Em cada unidade a empresa deverá prover treinamento com duração mínima de dois dias, para até dez funcionários da SAP, os quais também atuarão como multiplicadores do conhecimento adquirido.
O sistema deve gerar imagens em tempo real, com resolução mínima de 1.000 x 1.200 pixels, com qualidade que permita ao operador, ao analisá-las, detectar objetos metálicos e não metálicos sendo transportados pelo indivíduo, tais como, mas não limitando-se a aparelhos eletrônicos, armas de fogo, armas brancas, cerâmica, madeira, narcóticos, explosivos e fios de metal.
Modelo de revista já é usado em outros estados do país – Reprodução
O equipamento deve permitir escanear todo o corpo do indivíduo, externa e internamente, incluindo membros artificiais, do alto da cabeça até abaixo do solado do calçado, possibilitando visualizar inclusive o interior das cavidades.
O sistema deve emitir alerta visual ao público indicando que um processo de inspeção corporal está em andamento. E terá placa sinalizadora esclarecendo ao público sobre os riscos (ou ausência desses) à saúde. Visitante envolvido em situações de risco deve alertar os agentes. O edital não regulamenta como será a vistoria nestes casos, mas deve seguir padrão atual.
As imagens geradas nos exames serão armazenadas por até seis meses, com identificação do indivíduo inspecionado, identificação do operador, data e hora da captura da imagem, identificação do equipamento utilizado e ocorrências.