Apostando no segmento dos compactos premium, em 2002 a Volkswagen lançou o Polo . O hatch estreava a plataforma “PQ-24” na planta em São Bernardo do Campo, SP e coube a ele inaugurar alguns conceitos tais como a direção eletro-hidráulica de série e a introdução de soldas a laser, dando mais rigidez e segurança à carroceria.
Com menos de R$ 25 mil , listamos algumas vantagens e desvantagens que o modelo oferece. Ficou curioso? Então, vamos aos pontos!
1) Espaço interno, desempenho e consumo
O espaço interno dele está longe de ser igual ao do VW Fox , outro hatch da marca pertencente à plataforma “PQ24”, mas nem por isso deixa de ser ruim. Com 1,48 m de altura (6 cm a menos que o Fox), o compacto “abriga” bem motorista e passageiro da frente e conta com banco do motorista com regulagem manual de altura. Por falar nisso, um ponto que desagrada é o formato dos encostos, muito estreitos e depois de um tempo, acaba causando certo desconforto, sobretudo quem tem as costas mais largas. Na parte de trás, o espaço é suficientemente bom para até dois passageiros de estatura média.
Por outro lado, o nível de equipamentos é excelente podendo trazer ar-condicionado, travas e vidros elétricos, direção eletro-hidráulica, travamento e destravamento elétrico da tampa do porta-malas, coluna de direção com regulagem de altura e profundidades. Freios ABS com EBD, airbag para motorista e passageiro e computador de bordo eram opcionais na 1.6.
Falando na motorização, além da 1.6 de 101 cv e 14,3 kgfm de torque, havia a 2.0 de 116 cv e 17,3 kgfm de torque, além da raríssima opção 1.0 16v de apenas 79 cv e 9,7 kgfm de torque, todas elas associadas ao câmbio manual de cinco marchas.
O motor 1.0 16V era fraco demais e fazia de zero a 100 km/h em 13,5 segundos. A máxima chegava a 168 km/h. No 1.6, cumpria a mesma tarefa em pouco mais de 11 segundos e 180 km/h de final. Já o 2.0 atingia os 100 km/h em 10 segundos e chegava a 200 km/h.
A transmissão tinha relações muito curtas , com rotações muito elevadas para qualquer uma das motorizações, o que dava certa agilidade na cidade, mas por outro lado na estrada, a impressão era a de que faltava marcha.
Quanto ao consumo dados declarados de época, o Polo fazia na cidade e estrada: 8,1 km/l e 14,2 km/l (1.0 16v), 8,4 km/l e 13,5 km/l (1.6) e 8,0 km/l e 12,0 km/l (2.0). A versão flex veio em 2004 para a 1.6 que fazia no etanol/gasolina: 6.2/9,4 km/l na cidade e 8,1/12,1 km/l na estrada.
2) Suspensão e sistema de freios
O hatch premium da Volkswagen traz uma configuração bem acertada no conjunto da suspensão, o que proporciona um conforto na medida certa para um hatch. Mas um problema que não é tão difícil de aparecer são os irritantes rangidos, mesmo quando o modelo era mais novo. O conjunto de discos e pastilhas também são constantes alvos de reclamações por conta da chiadeira quando o pedal do freio é acionado.
3) Melhores e piores versões para comprar
Como consumo e bom desempenho nem sempre podem fazer parte do melhor de dois mundos, nesse caso há uma exceção para a versão 1.6 do Polo, que passou a ser flexível a partir de 2004. Além dessa versão cujo consumo já foi citado anteriormente, a outra opção interessante, principalmente para quem roda sempre na estrada é a opção com motor flexível 1.6 VHT, que passou a ter maior taxa de compressão e câmbio com relações mais longas. Aproveitando o assunto da transmissão, evite a compra das temidas automatizadas i-Motion , que podem apresentar trancos nas trocas de marchas, ruídos, vazamentos e patinação de embreagem.
4) Recalls
Verifique se a unidade que está comprando já passou por alguns dos recalls da montadora como o dos air bags da empresa Takata dos modelos produzidos de entre os anos de 2006 a 2010. Na dúvida, acesse o site da Volkswagen www.vw.com.br e verifique se o modelo está no chamamento através do número do chassi e se já foi efetuado a inspeção e o reparo.
5) Dirigibilidade e preços
Com até R$ 25 mil , é possível ter à sua disposição um carro gostoso de dirigir e com, por que não dizer, uma leve pitada de esportividade, pois o câmbio de engates rápidos e precisos traz muito prazer e agilidade no trânsito e, dependendo do aclive, o hatch não exige a redução de marcha da segunda para a primeira, por exemplo, como acontece com outros modelos.
A posição de dirigir é boa e a direção eletro-hidráulica é bem direta, facilitando muito nas balizas mais apertadas. Este sistema de direção assistida foi oferecido até 2004 – após esse ano, passou a ser hidráulica – e arrancou até muitos elogios por quem buscava praticidade. Em contrapartida, sua manutenção, segundo relatos de donos, é cara e difícil de ser encontrada para reposição. Ainda de acordo com alguns mecânicos, por ser um sistema importado, a procura de peças para reposição torna-se um grande pesadelo, por ter sido oferecido por um curto período na trajetória do compacto da VW.
Fonte: IG CARROS