Uma família de Marília lançou nas redes sociais uma campanha com pedido de socorro para uma Brasília cor-de-rosa, ano 1975, que é o xodó da dona-de-casa Andréia da Silva Loride, 34, e o único veículo para ela, o marido e quatro filhas. O objetivo é ser atendida pelo quadro Lata Velha, do apresentador Luciano Huck, da rede Globo.
A Brasília está com a família há quase quatro anos. O documento indica que o carro é vermelho, mas Andréia comprou já alterada: toda estilizada em rosa, inclusive nos bancos, volante, tapete e até cinto de segurança.
Já gastou dinheiro com diversas reformas. Reparos do motor, soldas no assoalho e pequenos consertos desde que o carro começou a apresentar problemas. Agora a Brasília está definitivamente encostada.
Precisa trocar motor de arranque, polia, correia, bateria, consertar vazamentos de óleo e às vezes gasolina. “Já me disseram para vender por partes, para trocar por carro mais velho, já veio gente na porta comprar. Mas se me der um carro novo eu vendo e reformo ela”, diz a dona-de-casa, que não admite a ideia de abrir mão do veículo.
Desde que comprou o carro Andréia virou “Déia a pantera cor-de-rosa”. O apelido da família pegou e está registrado em adesivo no carro. As portas não abrem direito, a do motorista só por dentro e com jeitinhos que apenas ela conhece.
Para abrir os vidros, Andréia anda com um alicate, as duas manivelas quebraram. Também falta um limpador de para-brisas e os faróis não acendem.
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“Uma vez a polícia parou por causa do farol. Estava com as crianças, chegando em casa. O policial deixou eu ir mas disse para guardar e não sair mais até arrumar, ou iria recolher. Eu brinquei: se levar meu carro eu vou junto.”
Não andou mais à noite, até a pane geral. Agora não consegue mais tirar o carro de casa. Acha que a reforma toda do carro custa acima de R$ 5 mil. Já viu ofertas de outras Brasílias, rodando, por menos que isso. Mas nem pensa em trocar.
“Seria um sonho, um presente de Deus mesmo levar esse carro pro Luciano Huck arrumar. Imagina? Não deixo ela nunca mais se ele consertar.”
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A campanha nas redes sociais começou por iniciativa da mãe, Nice Gomes, uma cuidadora de idosos afastada do serviço por tratamento médico. Foi ela quem bancou a última grande reforma do carro, um gasto de pouco mais de R$ 1.000 para o motor que estava fundindo. Nice lançou a história em sua página do Facebook (AQUI)
“Eu já fiquei na rua com ela varias vezes. Outro dia o carro parou de funcionar e nós indo em direção a um buracão. Mas ela pegou amor no carro então eu decidi ver um jeito de ajudar.”
O apelo para divulgar o caso apareceu na página de Nice no Facebook. Amigos e familiares já começaram a compartilhar. A esperança é que chegue até produtores de programas do gênero na TV. “Quem sabe, pra Deus tudo é possível. Nós pedimos, vamos torcer.”
