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Esporte-fino: os carros esportivos que foram ignorados pelo mercado

Esporte-fino: os carros esportivos que foram ignorados pelo mercado



Nem mesmo as marca icônicas e idolatradas acertam em cheio no desejado mercado dos esportivos. Por isso, listamos cinco modelos que fracassaram e que hoje são vistos como verdadeiros colecionáveis no mundo todo, ultrapassando a casa do R$ 1 milhão, como é o caso da  Ferrari Dino.

Confira este e outros bons exemplos que fizeram história.


1)    PORSCHE 914

Projetado e vendido em conjunto com a VW no final dos anos 60, o esportivo tinha a missão de popularizar o mercado, mas a ideia não deu certo. Oferecido com motores VW de 80 cv ou 6 cilindros (Porsche) de 110 cv, o VW-Porsche empatava no preço. Nos EUA, o 914 custava US$ 3.595, pouco mais que um Datsun 240Z (US$ 3.526) que oferecia mais espaço interno e potência (150 cv). Não deu outra, a revista inglesa Car não perdoou dizendo que, apesar de ser um ótimo carro, como compra é uma tragédia que não podia ser levada a sério. Cinco anos depois, o 914 saiu de cena contabilizando 119 mil exemplares (3 mil com seis-cilindros).

2)      FERRARI DINO

Projetado para ser mais acessível e competir com o Porsche 911, o esportivo da marca Dino não teve tanto sucesso como se esperava. Apesar do motor forte de 180 cv, ainda era um V6, e os entusiastas italianos, acostumados aos tradicionais V12, não gostavam da ideia. O Dino 206 GT nem ao menos carregava  o cavalinho rampante. O Comendador defendia-se da ausência destes adereços como uma homenagem ao seu filho, morto em 1956, mas para os puristas a tese era manter a aura dos Ferrari.


3) MUSTANG II

Com a crise do petróleo no início dos anos 70, os muscle cars estavam condenados. Para não descontinuar o Mustang, a Ford lançou um modelo menor e econômico tirando pela primeira vez os motores V8, mas isso revoltou seus fãs. Os V8 só voltaram através das versões Cobra e Mach 1, em 1976, mas as vendas caíram 50%. A Ford teve de buscar uma saída e argumentava que o Mustang II era um pequeno carro de luxo para quem estava em busca do prazer de dirigir.

4) ALFA ROMEO 155

Dona da Alfa Romeo desde 1986, a Fiat queria um substituto para o modelo 75, e assim surgiu em 1992, o 155. O sedã tinha temperamento esportivo conforme testemunharam a imprensa na época, além de personalidade própria, mas utilizava a mesma plataforma do projeto Tipo Tre (Três em Italiano) que daria origem ao Lancia Dedra, em 1989 e ao Tempra, em 1990. Tal fato fez com que os alfistas torcessem o nariz para o 155.

5) FORD THUNDERBIRD

Com a moda dos modelos com estilo retrô vendendo bem nos EUA como o New Beetle, a Ford quis ressuscitar um dos modelos de maior sucesso dos anos 50: Thunderbird. Utilizando plataforma e motores dos modelos da Lincoln e Jaguar, o modelo perderia a sua identidade para decepção de seus fãs. O ‘pássaro trovão’ só durou três anos, de 2002 a 2005 e nunca mais pousou nos planos da Ford de voltar a fabricá-lo.

Fonte: IG CARROS