A falta de insumos causada pela pandemia do novo coronavírus forçou que General Motors , Fiat , Honda e Renault paralisassem suas produções de veículos no Brasil por períodos que variam entre cinco dias e dois meses. Montadoras discutem alternativas com sindicatos.
O risco da paralisação já havia sido sinalizado pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) em dezembro de 2020. Segundo o presidente do órgão, Luiz Carlos Moraes, problemas no abastecimento de insumos como aço, borracha, materiais plásticos e pneus causam desequilíbrio na indústria. Desde novembro do ano passado, o setor sofre pequenas paradas na cadeia de suprimentos.
Entre as alternativas para mitigar o desabastecimento, a General Motors declarou lay-off de dois meses nas fábricas de São José dos Campos (SP) e Gravataí (RS). O complexo de São Caetano do Sul (SP) continua operando normalmente, com funcionários administrativos em home office.
A falta de insumos eletrônicos também fez a Honda suspender suas atividades em Sumaré (SP), onde são feitos motores de seus modelos nacionais. A fábrica de Itirapina (SP), onde os veículos são montados e distribuídos à rede de concessionárias, continua operando normalmente.
A Fiat deu férias de dez dias para cerca de 10% dos funcionários da fábrica de Betim (MG) por conta da falta de aço, materiais plásticos, pneus e componentes eletrônicos, segundo a CNN Brasil. A medida ainda não afetou sua fábrica com a Jeep em Goiana (PE), tampouco a unidade de Porto Real (RJ) onde são feitos os modelos de Peugeot e Citroën . Juntas, as fabricantes formam o Grupo Stellantis .
Conforme apurado pela reportagem do site Automotive Business, a Renault teve pequeno impacto com o desabastecimento de insumos no mercado, mas não descarta paralisações ao longo de 2021. A montadora francesa tem fábrica em São José dos Pinhais (PR).