No caso dos hatches , modelos que têm a traseira com linhas que são “cortadas” abruptamente, é formada uma espécie de “bolsão de ar” nessa região . Ali vão sendo criados vórtices, ou seja, redemoinhos de ar. Com isso, há uma pressão negativa, como se fosse uma “frenagem aerodinâmica” deixando o veículo “mais pesado”.
De acordo com o engenheiro Erwin Franieck, presidente do Instituto SAE4Mobility , no caso dos sedãs, o terceiro volume ajuda a aerodinâmica ser mais fluida, portanto, os vórtices são menores. Mas essa diferença só ocorre em velocidades maiores, acima de 40 km/h.
Só para efeito de comparação, enquanto um sedã conta com um coeficiente aerodinâmico (Cx) próximo do ideal, hoje em torno de 0,22 a 0,30, o de um hatch fica entre 0,25 a 0,35. Lembrando que quanto menor o número, melhor o resultado positivo em eficiência aerodinâmica e menor consumo de combustível.
Na prática e, tomando como exemplo a Hyundai , a linha de entrada conta com o HB20 hatch e sedã (Plus) . No primeiro, o consumo da versão 1.0 12v com transmissão automática é de 9 km/l na cidade e 10,3 km/l na estrada no etanol, enquanto que na gasolina faz 12,7 km/l na cidade e 14 km/l na estrada. A hatch, equipada com o mesmo motor e câmbio, faz: 8,3 km/l na cidade e 9,9 km/l na estrada (etanol) e 11,7 km/l na cidade e 13,9 km/l na estrada (gasolina).
Fonte: Carros