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Renault Zoe melhora em todos os aspectos na linha 2022

Renault Zoe melhora em todos os aspectos na linha 2022


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Não consigo lembrar de um modelo que tenha evoluído tanto em uma reestilização quanto o Renault Zoe 2022 , que chega ao Brasil importado da França para quebrar o jejum de quase um ano sem lançamentos da marca. Lançado na Europa em 2019, o modelo elétrico estava marcado para chegar às lojas brasileiras no segundo semestre de 2020 – isso, claro, se não fosse o vírus que mudou a vida neste planeta.

O Zoe 2022 terá duas versões no Brasil: Zen (R$ 204.990) e Intense (R$ 219.990). Ele ganha novos faróis em LED integrados à grade frontal, rodas de liga-leve com design mais moderno, desenho atualizado do para-choque e o “diamante” do logotipo da marca francesa mais pronunciado. Na traseira, as lanternas são full-LED.

O aspecto visual do Zoe melhorou vertiginosamente, deixando-o mais moderno e interessante na linha 2022. O modelo anterior era muito simples para um veículo de R$ 200 mil –  e ao menos nesta reestilização, a Renault cumpriu bem a tarefa de redesenhá-lo.

O interior também teve grande evolução, onde o Zoe perde o aspecto de “Sandero” e se aproxima dos modelos mais modernos da Renault . Se antes o painel era construído integralmente em plástico duro, o modelo 2022 estreia novas texturas e conta até com uma parte revestida em tecido.

O cluster 100% digital que tinha uma interface limitadíssima agora ganha novo layout, contando até com monitoramento de pressão dos pneus. Já a central multimídia de sete polegadas estreia sistema atualizado, contando com pareamento de smartphone via Android Auto e Apple CarPlay. O modelo Intense , o mais caro, ainda inclui assistente de frenagem e emergência, sensor de ponto-cego, câmera de ré e sensores de estacionamento dianteiro e traseiro.

Como anda?

A evolução do Zoe não fica restrita à estética ou ao pacote de equipamentos, pois em sua nova versão, o pequeno hatch francês entrega mais desempenho e autonomia. As novas baterias são de 52 kWh, contra 41 kWh do modelo vendido anteriormente, assegurando 30% a mais de alcance. Dessa forma, o Zoe pode percorrer 385 km com apenas uma carga, contra apenas 300 km do modelo anterior.

A atualização da bateria permite melhor desempenho ao Zoe , que agora passa a desenvolver 136 cv de potência e 24,9 kgfm de torque, ante 92 cv e 22,4 kgfm do anterior. 

Você viu?

Com a bateria alocada ao centro do veículo, o Zoe tem ótimo centro de gravidade que assegura muita estabilidade em curvas mais ousadas. A direção é direta e afiada, obedecendo aos comandos do motorista com precisão. A sensação geral é de guiar um esportivo.

Quem acompanhou o lançamento de outros veículos elétricos pode pensar que o Zoe não é tão veloz quanto poderia ser. Segundo a Renault , o modelo pode atingir 100 km/h em 10 segundos, ficando abaixo do Nissan Leaf , que faz o mesmo trajeto em 7,9 segundos.

Apesar disso, o Zoe mantém a principal característica dos carros elétricos: a entrega de torque a “zero rotação”. Enquanto um veículo a combustão rodando a 80 km/h precisa reduzir a marcha e elevar o giro para acelerar, essa resposta é praticamente instantânea no Zoe.

A Renault divulga que são necessárias 8 horas e 33 minutos para recarregar o Zoe em um “wallbox” doméstico. Nos pontos de abastecimento rápido, será possível recuperar 90% de sua carga em 30 minutos.

O usuário que recarrega seu veículo em casa também pode aproveitar o recurso de programação, para ajustar a recarga em função das eventuais variações de tarifa praticadas pela empresa distribuidora de energia.

Conclusão

Em algumas semanas, teremos o Zoe em nossa garagem para as impressões do dia a dia. Mas o modelo já mostra em seu lançamento que evoluiu muito em sua linha 2022, proporcionando a integração de mais equipamentos, aprimoramento no desempenho e mais eficiência energética. 

Permanece a torcida por políticas públicas que possam reduzir o preço dos carros elétricos . Até o Chile, que para muitos é um modelo econômico a ser seguido pelo Brasil, já tem data para banir as vendas de veículos a combustão. Ao menos pelos próximos anos, o segmento continuará restrito aos mais abastados. 

Fonte: IG CARROS