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Seminovos com até dois anos de uso tendem a se valorizar na pandemia

Seminovos com até dois anos de uso tendem a se valorizar na pandemia
 


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Valores dos seminovos com mais de quatro anos de uso tendem a cair por causa da grande oferta no mercado durante a crise econômica

As mudanças no setor automotivo provocadas pela pandemia do novo coronavírus continuam surtindo efeitos. Entre o que já se tornou realidade até agora também pode ser incluída a valorização dos seminovos com até dois anos de uso por conta da alta nos preços dos modelos novos, encarecidos pela disparada do dólar.

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Conforme o estudo da KBB Brasil, entre 14 de março e 30 de abril, a partir da análise de 22.440 versões divididas em 10 categorias de automóveis e comerciais leves, conseguiu-se chegar aos índices médios de variações de preços de seminovos fabricados a partir de 2018, como o Ford Ka SE Plus 1.0 , que teve subida de 10% no valor em abril e do Chevrolet Onix Plus LTZ 1.0 Turbo AT6 , que ficou 27% mais caro no mês passado, como pode ver visto na tabela abaixo, que mostra as variações nos preços de seminovos com até dois anos de uso.

Categoria/Período Antes do distanciamento (1/3 a 13/3) 1ª quinzena de distanciamento (14/3 a 31/3) Mês de abril (1/4 a 30/4) Saldo de todo o período
Hatchback  -1,42%   -0,07%   + 2,25%  + 0,76%
Sedan  -1,39%   -1,43%  + 1,69%   -1,13%
SUV  –0,40%   + 0,56%   -0,13% + 0,03%
Picape    -0,47%   + 0,24%  +1,66%  + 1,43%
Furgão   -5,69%  -0,90% + 3,27%  -3,32%
Minibus   -3,65%   – 0,38%  + 6,44%  + 3,17%

 

O que pode explicar a valorização dos seminovos de até dois anos é o fato das pessoas estarem mais cautelosas e desistirem de comprar um modelo novo, passando a optar com carros com pouco uso, com melhor relação entre custo e benefício. Com mais demada, os preços sobem, o que serve de alento para alguns lojistas que estão passando por dificuldades em tempos de pandemia.

Por outro lado, os modelos com mais de 4 anos, perdem valor, uma vez que têm sido usados para conseguir dinheiro para pagar dívidas, sofrendo variações negativas desde meados de março. Outro aspecto observado é que algumas fabricantes e concessionárias conseguiram aplicar descontos em estoques adquiridos antes da crise, o que depreciando valores de alguns modelos novos no período analisado até o fim de abril. Na tabela abaixo, aparecem as variações de preços dos carros zero quilômetro.

Categoria/Período Antes do distanciamento (1/3 a 13/3) 1ª quinzena de distanciamento (14/3 a 31/3) Mês de abril (1/4 a 30/4) Saldo de todo o período
Hatchback + 5,88% + 2,37% -2,86% + 5,39%
Sedan + 4,83% -1,43% 2,70% -0,70%
SUV -1,42% +1,35% +0,19% + 0,09%
Picape +4,02% -1,89% -3,03% + 0,90%
Furgão Sem variação Sem variação + 11,08% + 11,08%
Minibus Sem variação Sem variação Sem variação Sem variação

 

Comerciais leves

Citroen Jumpy
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Citroën Jumpy é um dos modelos que devem ser valorizados porque os serviços de entrega tem aumentado bastante durante a pandemia

 

Falando especificamente dos comerciais leves — furgões e minibus — a tendência de alta também pode ser explicada pela demanda de serviços de logística e entrega, que conseguem, até certa medida, continuar funcionando normalmente em meio a pandemia.

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A tendência é a de que os preços de modelos novos aumentem, pois grande parte da cadeia de fornecimento da indústria é cotada em dólar e a moeda americana está perto do patamar dos R$ 6. Observações preliminares da KBB Brasil em maio já indicam forte acréscimo nos valores dos novos, já que será inevitável, neste momento, repassar a elevação dos custos de produção ao preço final para o consumidor, refletindo nos valores de revendas dos seminovos de ate dois anos.

 

Fonte: IG CARROS