Não é de hoje que os preços dos veículos no Brasil estão muito elevados. A alternativa é apostar em carros mais antigos. Segundo o relatório mais recente da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores ( Fenauto ), o comércio de veículos desse tipo em fevereiro foi de 990.899 unidades, um crescimento de 18,2% em relação ao mesmo mês do ano de 2022.
A federação considera o resultado como positivo. Apesar da queda de 6,7% na quantidade de veículos usados vendidos em relação ao mês de janeiro, a entidade destaca que essa redução é natural por conta da menor quantidade de dias úteis do mês de fevereiro, entre outros fatores.
“Normalmente todo começo de ano começa mais fraco para o comércio em geral, por conta dos vários compromissos que os consumidores têm com IPTU, IPVA, despesas escolares etc. Mas, neste ano, percebemos uma atenuação dessa questão, já que os preços dos seminovos e usados estão mais atrativos para os clientes”, afirmou o presidente da Fenauto, Enilson Sales.
O acumulado do primeiro bimestre superou a marca de 2 milhões de unidades negociadas , um aumento de 22,2% em relação ao mesmo período de 2022, o que demonstra uma recuperação do mercado.
Enquanto o mercado de usados cresce, o emplacamento de veículos novos vem apresentando uma leve queda , segundo a Anfavea . Porém, enquanto a Fenauto conta apenas os automóveis na sua lista, a Associação das fabricantes considera “autoveículos”, contabilizando também comerciais leves, caminhões e ônibus no seu levantamento.
Segundo a Fenauto, 2023 pode ser ainda melhor para o mercado de carros usados e seminovos, já que a projeção da entidade é que os preços dos seminovos continuem caindo .
A projeção é que as vendas possam chegar próximas aos 15 milhões de unidades seminovas e usadas vendidas, mesmo patamar de 2021. Para isso, a venda média deveria ser de cerca de 1 milhão e 250 mil unidades por mês, e no momento, é de 1 milhão e 26 mil veículos.
Fonte: IG CARROS