Muitos condutores estão vendendo os seus carros com o advento de soluções de mobilidade mais práticas e menos custosas. Uber, aplicativo de carona, carro compartilhado, bicicleta, transporte coletivo estão entre os exemplos mais comuns. Além disso, como a quarentena imposta pelo novo coronavírus, é preciso tomar alguns cuidados para deixar o veículo parado.
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Segundo o especialista Alexandre Barros Pinho, da oficina WTC Express, “aos que vão deixar o carro parado apenas nesse período de quarentena, a dica seria, preferencialmente, rodar no quarteirão pelo menos uma vez por semana. Desse modo, nada irá emperrar ou engripar, e o dono do veículo poderá seguir com os prazos de revisão normalmente”.
Ainda segundo Pinho, “uma outra hipótese, menos vantajosa, seria de funcionar o carro na garagem . Se o carro for caburado e/ou movido a etanol, dobre essa frequência. Vale lembrar que é importante funcionar absolutamente tudo nessas voltinhas, como por exemplo o ar-condicionado, que pode perder seu gás e acumular bactérias se ficar sem funcionar por um tempo”.
Também é recomendável aumentar a calibragem dos pneus de uns 20 a 30%. Ou seja, se a pressão normal é de 30 libras, passe para 35 a 40, para evitar uma deformação do pneu na região que fica em contato com o piso. Isso é uma saída para quem não tem um cavalete, que deixaria o carro suspenso. Se o automóvel vai ficar parado mais do que seis meses, é conveniente ao voltar trocar o óleo do motor e o filtro, antes da próxima partida.
De acordo com Pinho, “por outro lado, quando falamos de deixar o carro parado por mais tempo ainda, às vezes até por prazos indeterminados, vale se atentar a cuidados ainda mais específicos; especialmente se o carro já possui uma quilometragem mais elevada ou se os seus componentes já contam com certa idade”, explica ele. “Até vale deixar o freio de mão solto e o câmbio engatado, colocando um peso no pedal de embreagem, para poupar que platô e o disco de embreagem colem”, conclui.
Entretanto, ainda segundo o especialista, “uma ideia ainda melhor seria colocar um calço nos pneus, e deixar tudo solto e desengrenado. Desligar o pólo da bateria, manter os pneus bem calibrados e um combustível de boa qualidade no tanque são outras dicas fundamentais”.
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Quanto ao combustível deixado no tanque, isso também vale. Mas, para amenizar os riscos de oxidação por água ou criação de borras — que obstrui os filtros, entupindo os injetores e, no caso dos mais antigos, os carburadores — opte pelos combustíveis aditivados, inclusive etanol. Deixar o tanque completamente vazio pode acumular umidade, dependendo de onde o carro estará armazenado, então tome cuidado.
Mais cuidados com a vida útil dos componentes
“Depois de todo o período, quando você for religar o carro, vale lembrar que o cabeçote estará sem “ver” óleo por um bom tempo”, ensina Pinho. “Logo, dê a partida por um instante breve, mas não deixe que o motor ligue. Isso será o suficiente para a bomba de óleo jogar um pouco de óleo no componente, que por sua vez impedirá os danos ao motor quando o carro der a partida efetivamente”, diz ele. “Uma vez funcionando, vá direto trocar os fluídos de freio, do motor e colocar combustível mais novo”, finaliza.
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Não importa o quão limpa é a garagem onde você vai deixar seu carro parado , sempre vai aparecer poeira. Procure uma boa capa automotiva de algodão macio. Evite plástico, pois pode arranhar a lataria com o resto de pó que sempre sobra depois de uma lavagem. Escolha uma capa do tamanho certo do seu carro, para que não fique apertada (o que aumenta a chance de riscos) e nem solta demais.