Uma das poucas novidades do Salão Duas Rodas enfim pôde ser conhecido: Yamaha XMax Como avaliar um scooter? Acho que ninguém discute que o ambiente mais adequado a esse tipo de veículo é o urbano, as ruas e as avenidas de cidades, seja lá qual for o seu porte.
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Mas a marca japonesa preparou um test-drive para seu novo scooter, o Yamaha XMax , que foi muito além disso. Depois de enfrentar o caótico trânsito da capital paulista, o grupo de avaliação se mandou para as estradas, rumo ao interior do estado.
A ideia inicial era ir até o litoral, mas justamente naquele dia pesadas chuvas castigaram a região das praias e a decisão de percorrer o interior foi tomada uma hora antes da partida. Boa decisão. Além de escapar da chuva e também não tumultuar ainda mais as estradas já cheias de problemas da região sul, o oeste seco e ensolarado permitiram ao novo scooter mostrar todo o seu potencial.
Acelerando o Yamaha XMax
Logo após um trecho de auto estrada de muitas faixas porém lotado de trânsito de automóveis e caminhões, o grupo de Yamaha XMax entrou em um dos melhores caminhos para passeio próximos à capital, a estrada que passa pela bucólica Pirapora do Bom Jesus. O caminho, conhecido como Estrada dos Romeiros, tem pouco trânsito e é cheio de curvas.
As virtudes do novo scooter Yamaha XMax, que foi apresentado no Salão Duas Rodas, no fim do ano passado, mas só agora começam a ser entregues a quem fez a compra antecipada, podem ser notados antes mesmo de ligar o motor e sair rodando.A mochila que carrega equipamento
para chuva – que não foi utilizado – não precisou viajar nas costas, pois coube inteirinha no compartimento debaixo do banco. E ainda sobrou espaço para umas comprinhas durante as paradas. Doces caipiras e coisinhas assim. Nesse espaço cabem mesmo dois capacetes fechados grandes.
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Para abrir o banco do XMax, uma sequência de movimentos da chave de ignição, que na verdade não é uma chave, mas sim um seletor giratório. A trava é eletrônica e de presença, o motociclista – ou scooteiro – deve levar consigo o sensor que libera a ignição e as funções do scooter.
Além de abrir o banco, o seletor também abre um compartimento no anteparo frontal, que tem um ponto de energia 12 volts para carregar o celular. Do outro lado do anteparo, o compartimento é igual, mas não tem trava.
Já na estrada, o Yamaha XMax mostrou que é prático e confortável. E nas curvas fechadas e sucessivas do caminho dos Romeiros, provou sua maneabilidade e boa estabilidade. A suavidade de funcionamento é o que mais se nota no scooter. O painel de instrumentos é como eu gosto: eletrônico, mas de mostradores analógicos.
O banco é grande e confortável, a posição de pilotagem é relaxada, porém com bom controle em curvas e, tanto o guidão quanto o para-brisa têm regulagens, o guidão mais ou menos 20 mm na distância e o para-brisa mais ou menos 50 mm na altura. Os pés do piloto podem ser apoiados na parte plana da plataforma ou mais à frente, de forma parecida com as motocicletas custom.
Dinamicamente, o Yamaha XMax é muito bem resolvido. As rodas têm 15 polegadas de diâmetro na dianteira e 14 polegadas na traseira. As suspensões têm 110 mm de curso na dianteira e 92 mm na traseira, valores muito bons para um scooter . O os freios são a disco com ABS nas duas rodas.
O motor monocilíndrico refrigerado a água de 249 cm 3 , com potência de 22,8 cv e torque de 2,5 kgfm, em conjunto com a transmissão continuamente variável CVT, não chega a impressionar nas arrancadas, como acontece com alguns scooteres do mercado, mas cumpre sua função de uma pilotagem segura e prazerosa.
O XMax tem controle eletrônico de tração. Na estrada, em nenhum momento deixou faltar força e, em um trecho plano, chegou à velocidade de 144 km/h. Mas a velocidade em torno dos 120 km/h seria a ideal para uma viagem tranquila.
Ainda na estrada, o indicador de consumo médio mostrava 35 km/litro de autonomia, o que, com o tanque de 13,2 litros, indica que seria possível rodar até 462 km sem abastecer. Na cidade, chegou a indicar 30 km/litro de autonomia unitária.
O scooter Yamaha XMax chega custando R$ 21.990, o que o posiciona pouco acima do Honda SH 300i, que custa R$ 20.990, e muito acima do seu principal concorrente, o líder do segmento Dafra Citycom S 300i, que custa R$ R$ 18.490 com frete incluso.
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A Dafra aposta tanto em seu scooter que ontem, no lançamento oficial do seu novo scooter, o Citycom HD 300 – que é uma atualização do S e custará R$ 21.490 -, a empresa anunciou que o veterano scooter, que tem mais de dez anos de mercado, continuará a ser comercializado. Na próxima semana, contarei tudo sobre esse novo scooter.