Thiago é um caso de sucesso. Há outras histórias no bairro, como a do skatista Diogo Smith, que começou a fazer sucesso aqui e hoje mora em Lisboa, vive de skate na Europa. Há pouco tempo fez nova temporada aqui e quem pensava em rivalidade com Thiago enganou-se. Os dois mostraram ser muito amigos. Mas Diogo resolveu voltar para o exterior.
Quando criança, Thiago pensava em ser músico, tocar bateria em uma banda. Ele tem a bateria, tem a banda, mas fez a vida com o Skate. Virou comerciante, empresário do setor e um incentivador da prática. Seu primeiro skate foi comprado pela mãe no camelódromo.
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Não sabia fazer manobras, nem conhecia alguma. Só empurra o skate pelas ruas. Um conhecido apresentou as primeiras variações. Ele gostou e aprendeu rápido. Em seu primeiro campeonato ficou em segundo lugar. No primeiro circuito – com provas disputadas em diferentes datas durante o ano – foi campeão. “Ah, medalha e troféu já ganhei um monte sim”, lembra Thiago, que não faz questão de citar nenhum torneio.
Sua última temporada no exterior rendeu dois meses gravando vídeos e andando de skate em Barcelona. São momentos em que ele atua como profissional, faz o que gosta, ganha dinheiro com a atividade mas também aprende e traz informações.
Com estas viagens e informações os grupos formaram a pista usada hoje, muito mais procurada que a pista oficial do município, montada ao lado da avenida Castro Alves. “As rampas lá estão com problemas, tem risco de acidente, é perigoso. E além disso não se pratica mais naquele tipo de obstáculo”, explica Thiago.
Ajuda novas gerações desde aulas de manobras até doação de peças e skates montados ou roupas. Promove os torneios, usa sua atuação para conseguir apoio, atrai mais praticantes e diz que o grupo da quadra está mudando a região.